sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Nem todo poema precisa doer



Nem toda poema precisa de dor, há alguma dose de alegria que é poetizável, palatável até ao mais triste dos mortais. Há algo de alegre que soma, que toca, que encanta. Não uma alegria extrema, uma gargalhada, uma coisa fútil.

Nem tudo precisa ser sobre sentir-se assim, de um jeito assado, cozido e passado.
Pode ser um poema sem sentido, algo que aconteça independentemente, uma música que viaja pelo tempo, uma comida que atravessa a garganta.

Um poema bom, uma coisa pra um riso fácil, algo que te traga um alívio diário.

Um filho que nasce, uma mão que perdoa, alguém que volta.
Poemas sutis que a vida escreve e não tem ninguém lá pra registrar.
Mas nada doloroso, nada que cale, nada que chore, nada que reclame.

Um poema assim, sem preocupações em demasia, apenas para existir, como a gente faz todo dia!


Ouvindo_The Kooks_Naive

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