segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Clichê, clichê

É tanta coisa que acontece, que eu já nem sei mais sobre o que escrever.
É tanto assunto, opinião, coisa bonita que se vê, que não dá nem tempo de compilar os sentimentos e entender, antes que vire mais um clichê. Tanta criatividade, montagem, fuleragem que se vê por aqui, que eu ainda não consegui sair do primeiro paragrafo com algo consistente pra dizer.


Pode ser que tenha virado um balaio de idéias, um cachepozinho observador do mundo, algo assim que veja além de mim. Algo que não saia do papel, algo que permaneça nulo, intacto, inatingível. 
Como a ideia que surge no meio de um sonho, e vai embora, silenciosa enquanto se tenta desesperadamente fazer alguma associação que te lembre daquilo em algum momento.
E eu continuo buscando um motivo, que justifique toda essa série de linhas, algo bonito, grandioso..ou simples e singelo como a flor que está a desbotar na janela aqui do quarto..
Mas eu permaneço reticente...
Tento acompanhar a música que toca, e criar algo do tamanho exato de uma canção..
um texto de 3 minutos, uns segundos pra faltar..
escrever o silêncio, não é o mesmo que silenciar..

e não consigo..
sigo sem proposito, sem motivo, sem objetivo..

paro nessa linha, pra reler o que não sei..
e encontro alegria
talvez na arte, na poesia ou na música que permanece a tocar..

de clichê em clichê até o mundo acabar. 


Ouvindo_Music and Light_Bic Runga

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