sexta-feira, 8 de julho de 2011

Santa Rima..


A métrica,
a dialética do que não foi dito
nem escrito
fica perdida, como um grito
numa noite quente de verão

a fala que não cala
e o punho em que me apoio
quase sempre me imploram perdão

me afogo louca na rima..
esse fogo de escrever
que me alucina
e ponho a tecer com a mão

as poesias, os bordões
as piadas doidivanas
aquelas coisas insanas que escrevi
e jamais publiquei

nessa teia de sentimentos
de frases, experimentos
admito,
já pequei..

Em segredo com  o passado
deito o punho de lado
e leio o que diz meu coração.

Ouvindo_Forever Young_bob Dylan

Nenhum comentário: